16.4.18
A dignidade do risco
pra quem vive na bolha, cercado pela muralha
a consequência é densa, propensa à uma sentença falha
coincidência eu não saber de nada, nem onde está minha toalha
o mundo que era o meu quintal ser também o que me sufoca, me tolhe e me talha
foi por medo, mas também foi por desconhecimento
me fechar e não querer saber no que deságua o pensamento
aqui dentro, tudo é confortável e estático, cético e prático
um mundo caótico esmagaria esse ser tão intenso e frágil
mas houve o tempo em que venci e quebrei aquelas barreiras
pisei lá fora descalço e em falso pela avenida da incerteza cabreira
e olha, não foi nem fácil nem dócil o desenrolar do aprendizado
mas foi o golpe no osso que me fez sentir a vida inteira
e agora eu me permito, sou e sinto o gosto bom do desafio
de não saber, perder, temer, prender o ar bem no vazio
que a casca grossa seja a metamorfose da fragilidade
atento ao risco eu sigo, ostentando dignidade
base:
https://www.youtube.com/watch?v=ZC--qRPOaCM
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