5.4.07

momento entre o soco e o chão

gotículas perseguem suas direções indefinidas e flutuam, o rosto ainda expremido me fala: pensei ter doído mais. Vejo um vulto colorido e a luz do dia opaca, ouço um sereno "pííííí" bem ao fundo, como se eu estivesse debaixo d'água. Eu fecho a outra mão pra revidar, caso eu consiga me levantar depois, mas ela se abre automaticamente quando avista o solo, eu penso "droga! porquê eu comecei isso?", eu comecei e algúem fez questão de terminar.
quando faltava alguns centímetros, ainda parecia um sonho acordado, eu: o monstro sem asas, eu: o dragão embriagado. Pisquei os olhos umas duas ou 3 vezes antes de...

1.4.07

o que a linha imaginária separa?

Gigantes ficam presos em penhascos, enquanto pessoas medianas se esforçam para pular o desfiladeiro. Como uma maquina de caldo de cana rmeoendo tudo milhares de vezes, fazendo isso soar com o um sino infinito dentro da cabeça. Remoendo, exatamente do jeito que vc prometeu não fazer, depois do julgamento, a sentença: você é um trouxa, mas é um bom trouxa. Depois que a sessão depreciação acaba, o festival da promessa retorna, dessa vez só o que você pode cumprir, mas sem prazos, pra você não se enrolar, então chegam a um acordo e a vida tenta rodar como de costume, mas a impressão é de que isso ficará martelando por uns tempos.

Mais dias de insônia

me esforcei com o que não devia
e oque me vem não me diz nada
são só respostas erradas

me acostumei com a hentalpia,
arranquei a minha casca
há dor na ferida aberta

dúvidas que nao foram suas, vontade de ter ajuda,
e ainda pergunta oq ue te fez parar?


me portei como não devia
quando o que eu quis ter foi não ter nada
são só derrotas ingratas
repensado mais ainda
causou o que eu sinto agora
há dor na medida certa

bolhas diante da lua
andar só em mão dupla
e ainda pergunta oq ue te fez parar?