26.9.06

gerônimo e a pequena lista

deixar um cartaz lá fora a dizer: não perturbe
varrer os cantos da sala, abaixar o volume
dizer que o tempo se foi, sem ao menos tentar recomeçar
achar que um dia isso volta, sentar no chão pra esperar

abrindo portas fazendo sua parte
garoto tolo, garoto covarde

seguir um rastro de pão, sonolento
"largue essas tralhas agora e volte pra dentro"
quem não entende o meu dia, faz questão de me perguntar:
o que há de tão errado? é você ou é o lugar?

virando o rosto, negando insistente
garoto tolo, desobediente

24.9.06

revoluções desnecessárias

para quem levantou a bandeira contra um ato que pareceu injusto, lutando por liberdade ou coisa do tipo, para quem lutou bravamente em troca de satisfação pessoal, quebrou uma porção de coisas e não voltou para consertar depois de ter obtido a glória. Para quem acha heróico proporcionar uma visão mais clara das coisas para todos os habitantes do planeta, correndo o risco de embaralhar milhares de cabeças submersas em mentiras confortaveis.

Muito obrigado.

23.9.06

lupa e raios de sol

Eu pedi para que me esperassem, que eu não ia faltar, talvez me atrasasse um pouco, mas eu sempre acabo chegando.
O dia lhe oferece gosto e desgosto, não é você quem escolhe mas faz de conta que o livre arbítrio existe, neste exato momento estarei decidindo se prefiro cenoura crua com água em vez de milkshake e roast bife.

é injustiça querer queimar formigas, só porque roubam seu açucar enquanto você dorme. Você invadiu o lar delas...

5.9.06

eterna espera - parte 1

Depois de se demitir, ele acidentalmente rasgou seus posteres mais queridos, cambaleando com um contentamento de curta validade,até babar por sobre o carpete o sono mais imundo que alguém poderia ter. Não seria possível acordar sem dor na tarde morna de terça, logo, nem se esforçou para prolongar a anestesia, apagou-se por mais uma noite e mais um dia. Levantou-se à contragosto e estupidamente tonto.

Viu na parede,por trás da tinta descascada,um abismo quase luminoso,que o atraía e o expulsava até seu corpo entrar em conflito. Foi tirandos as cascas, tirando as lascas, que descobriu uma coisa besta: a mente cria desculpas frouxas com a intenção de superar toda e qualquer perda. E foi dando cabeçadas fortes, sua testa estava toda marcada, ultrapassou o limite incompreensível, mas ainda achava que era apenas um porre de nata.

Um corpo pálido azulado se assustou enquanto exclamava: Argh! Mais um! Tocou sua nuca e fez uma marca exótica, um tipo de carimbo de identificação, deu boas vindas ainda sem jeito e indicou uma direção.

Levitou por sobre um corredor de marfim e foi empurrado até o fim, mais um corpo azulado perguntou o que queria, "qualquer coisa? " , nisso foi ignorado e mandado para o sofá de geléia.

2.9.06

até mais pouca sombra!

Noite, respire forte o conforto.
Tarde, lamente a vida que aqui escorre.
Manhã, surpreenda a si mesmo no eminente atraso.
Noite, um copo d'água resolve tudo.


Então foi você!? Você pegou o ultimo biscoito do pote, bebeu o ultimo gole e saiu de fininho...tudo bem...

(...)

Roy tinha poucas chances para acertar o alvo, mas unca foi do tipo que pensa antes de atirar,( primeiro se atira, depois de pergunta). Haviam 3 cordas e uma delas prendia seu parceiro no penhasco, sendo que as outras duas acusariam o paradeiro de seu inimigo ao se arrebentar, algumas balas ricocheteavam em suas costas enquanto Roy escolhia tenso em qual corda atirar, ouviu-se um estrondo, a arma dera um coice em direção a corda da esquerda fazendo uma porção de barris se despencarem, mostrando asism a posição de um dos inimigos, que rapidamente teve seu peito coberto de estanho e rodopiou por muito tempo no ar até chegar ao duro chão daquele planalto. Roy levou um tiro de espingarda na perna e caiu de joelhos no chão, seu parceiro, já a beira da morte gritava: Atire em todas Roy e encha de chumbo esse paspalhão! e Roy o fez, atirou na corda da direita e com muito esforço saiu em disparada em direção ao penhasco,agarrou com força a corda que sustentava o corpo de seu parceiro, sua mão sangrava e enfim gastou suas duas ultimas balas, uma na ulitma corda, e a outra em cheio em um grande e belo barril de polvora....

(homenagem ao dvd que eu ganhei da mih)

(...)

"das manhãs de barba feita às pressas ao ver os pombos disputarem o farelo no fim da tarde, sim, é o fim e é tarde, vai ficar bocejando o dia todo"