11.7.13

revanche em junho

Não há muitas vias dentro da vontade de se vingar,
é um ralo que te puxa e você se deixa levar pelo impulso e pelo ego ferido
mas não é todo mundo que se alimenta disso

de maneira que isso não se sustenta com frequência
é reservado aos indivíduos de paciência
deixar isso pra lá

e isso é confundido com fraqueza
enxergam beleza quando pagam com a mesma moeda
eles querem ver a queda dos malfeitores cruéis

e assim alimenta-se o ciclo, um dano em troca do outro
porque certo aborrecimento machuca e deixa marcas
e nem sempre consideram a memória ruim como amiga
que há de atenuar as tensões e fazer o que doía muito, virar apenas um sopro

(...)

pode ficar com o troco