28.2.11

quando te impediram de sair na chuva

aí está o mundo
cheio de riquezas, as quais não lhe pertencem
cheio de beleza, que não se pode tocar
repleto de diversidade e culturas emergentes
transbordando amor, que não se sabe onde achar

com catástrofes que felizmente não te encontram
e confusão que infelizmente te acompanha


- por favor, me deixa sair na chuva?
- se sair, você apanha!

17.2.11

vento solar

pela orla feito um cometa, desafio os céus como uma lembrança
a que não se alcança

ah, como eu poderia me livrar
de todo o peso que existe nessa vida
e enfim ver solto pelo ar
o nada

como lidar com as frequências baixas
cada memória, cada fase vencida
e a ferida há de curar, com mágoas

o intransigente sou eu, cada vez que finjo escutar
se dizem ser por opção, eu pergunto onde estaria
a lógica de nunca sonhar

pela orla feito engano, me entrego ao sono, contemplo a miragem
da qual sou personagem

13.2.11

achando os óculos

Vida é isso, sem segredo nenhum
e está aí na sua frente, te encarando, dizendo constantemente:
tem todo o direito de querer fazer do seu jeito, você corre o risco de conseguir
de qualquer forma, prepare-se para o que está por vir

Vida é assim, agridoce
ao contrário do que pensei que fosse
uma loteria de chances, um vai-vem de humores
tudo ao seu alcance desde que se pague o preço
será que eu mereço?