18.4.15

dia sim, dia não



Sentado na beira de um rio, folheando dicionários
covarde e calado, ouvindo seus amigos imaginários
discutirem sobre qualquer preocupação futurista
preso em determinadas repetições enfadonhas
buscando energia e motivação
encontra decepção
riscando itens desnecessários de sua longa lista

Por hora, anestesiado pelo sono que o persegue
boceja e perde o ar, visitado por devaneios
existe sempre um plano para continuar
acreditando que o copo está meio cheio
mas não está
e nem é mais a questão
é que a solidão impede
e a gente se perde
deixa pra lá





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