4.9.11

Adeus às àrvores


Equilibramos nossas perdas
prezando pela adaptação, nem sempre frequente
já que foi dito e impedido, qual o motivo da indignação?
é isso que está na sua frente

os abraços e os panos vermelhos
a claridade e a saudade de um lugar familiar
ganharam a guerra por hoje, mas logo voltarão
com suas desculpas esfarrapadas
amparados pela lei
munidos de ímpeto e pressa

é esse o preço da civilização?
ter que voltar pra casa sem o benefício das sombras
preocupado com carros desgovernados
ver algo que levou um bocado de tempo pra se desenvolver
em menos de um dia ser derrubado

2 comentários:

Psicólogo Tiago Cabral disse...

Assim disse o poeta!

Anônimo disse...

Adaptação. Viver com a própria sombra, ou da escuridão... Menos a das árvores.