esses dias acordei sentindo muita falta da maneira como eu encarava as coisas, sem sofrer por nada que eu não tivesse culpa, sem me retorcer ao perceber o erro recém cometido. Lembro que como um fantasma, eu atravessava as paredes da dúvida sem temor, eu era o super-herói da minha consciência, pois sabia o quanto tinha razão sobre mim mesmo. Tudo começou a desmoronar quando eu me vi longe de minhas forças, separado por um pequeno abismo, o qual eu simplesmente não sabia como atravessar, talvez naquele momento eu nem quisesse.
e agora eu me pergunto o que me leva a sofrer por tão pouco, o que determina a gravidade das dores do espírito, como serei capaz de lidar com tudo isso sem que eu pereça sendo a causa do meu próprio mal.
eu lembro de quem eu era e lembro do que aquele cara queria. percebo o quanto as motivações mudam e fico aqui olhando para as minhas glórias e ruínas preferidas, pensando em vidas que nunca tive.
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