5.11.09

solavanco

Começa com um suspiro, um final de tarde, vento entrando pela janela meio aberta, um envelope arremessado e um pouco de angústia. Ando pelo espaço limitado do quarto e imagino uma solução para o meu maior problema: eu havia crescido. Seja pelas roupas que já não cabem, idéias que já não servem, desejos que de nada valem. Seja pelo conflito entre definir o que se quer ou deixar ser carregado pelo destino, eu havia crescido.
Uma monstruosa força me obriga a deixar o imaginário, diz pra mim que não se pode voar com um coração tão pesado, que se eu não sou capaz de atravessar o corredor polonês e permanecer de pé, não mereço ter chance, ter vez e por mim ninguém terá fé.
Eu respondi: faça o que quiser pra tentar me impedir, mas eu ainda não desisti.

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